domingo, 8 de março de 2015

MONS. RANJITH ANALIZA A REFORMA LITÚRGICA PÓS CONCILIAR E SUGERE A GRANDE NECESSIDADE DE REFORMAR A PRÓPRIA REFORMA JÁ FEITA





Monseñor Ranjith, Secretario de la Congregación para el Culto Divino, ha escrito el prólogo para la edición inglesa del libro “El Cardenal Ferdinando Antonelli y el desarrollo de la reforma litúrgica desde 1948 hasta 1970” de Monseñor Nicola Giampietro. Ofrecemos nuestra traducción del texto completo de este prólogo en el cual Monseñor Ranjith, con gran valentía, realiza un análisis preciso de la reforma litúrgica post-conciliar, planteando la gran necesidad de reformar la misma reforma.

¿Hasta qué punto la reforma litúrgica post-conciliar refleja en verdad a la “Sacrosanctum Concilium”, la Constitución del Concilio Vaticano II sobre la Sagrada Liturgia? Esta es una cuestión que a menudo ha sido debatida en los círculos eclesiásticos desde el mismo momento en que el Consilium ad Exsequendam Constitutionem de Sacra Liturgia culminó su trabajo. En las últimas dos décadas, ha sido debatida incluso con mayor intensidad. Y mientras algunos han sostenido que lo realizado por el Consilium estuvo en línea con aquel gran documento, otros se han mostrado totalmente en desacuerdo.


En la búsqueda de una respuesta a esta cuestión, debemos tener en cuenta la atmósfera turbulenta de los años que siguieron inmediatamente al Concilio. En su decisión de convocar el Concilio, el Papa Juan XXIII había deseado que la Iglesia se preparara para el nuevo mundo que estaba emergiendo tras la desgracia de los desastrosos acontecimientos de la Segunda Guerra Mundial. Él previó proféticamente el surgimiento de una fuerte corriente de materialismo y secularismo a partir de las orientaciones nucleares de la era precedente, que había estado marcada por el espíritu de la ilustración, y en la que los valores tradicionales de la antigua visión del mundo ya habían comenzado a ser sacudidos. LER...

sábado, 22 de novembro de 2014

O machado do Cardeal Ranjith sobre os movimentos de “renovação”: um basta nas danças, palmas, arbitrariedades na liturgia, “louvor e adoração”.

 



O machado do Cardeal Ranjith sobre os movimentos de “renovação”: um basta nas danças, palmas, arbitrariedades na liturgia, “louvor e adoração”.

  
http://lh6.ggpht.com/_zgVfS47DWIY/TOlV32x5zZI/AAAAAAAAFjc/k11FcGGYHBY/image_thumb%5B5%5D.png
Colombo (Sri Lanka), Dom Ranjith declara guerra aos desvios litúrgicos dos Neocatecumenais [e dos Carismáticos] : “Vetados os cantos e danças durante a missa, obrigatória a comunhão de joelhos”
CIDADE DO VATICANO (Petrus) – Dom Malcolm Ranjith é alguém que entende de Liturgia. Foi, de fato, Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos antes de Bento XVI nomeá-lo, no ano passado, arcebispo de Colombo, no Sri Lanka. O Papa confia muito nele, a tal ponto que deve criá-lo Cardeal no próximo consistório. Dom Ranjith (na foto) se tornou muito admirado nos seus anos de serviço no Vaticano pela nobre defesa da gloriosa tradição litúrgica da Igreja, uma batalha que retomou energicamente em sua nova diocese, proibindo extravagância e improvisações durante a celebração da Eucaristia e “recomendando” a administração da Comunhão apenas sobre a língua e aos fiéis ajoelhados, como já é o caso durante a missa presidida pelo Pontífice. Mas aqui está o texto completo, rico em muitíssimos elementos, enviado pelo arcebispo de Colombo a seus sacerdotes e fiéis, com particular referência àqueles pertencentes aos movimentos (entre os quais recai seguramente o Caminho Neocatecumenal, mas Dom Ranjith não o cita explicitamente) que, habitualmente, se aproximam da Eucaristia de um modo diferente do estabelecido pela Igreja ou participam da missa com cantos e danças em torno do altar, permitindo, contudo, a pregação por leigos durante a celebração:
“Queridos irmãos e irmãs,
Recentemente, algumas pessoas e movimentos católicos de renovação desenvolveram muitos exercícios para-litúrgicos não previstos pelo calendário paroquial ordinário. Apreciando as numerosas conversões, o valor do testemunho, o entusiasmo renovado pela oração, a participação dinâmica e a sede da Palavra de Deus, como bispo diocesano e administrador geral dos mistérios de Deus na igreja local a mim confiada, sou o moderador, o promotor e o guardião da vida litúrgica da arquidiocese de Colombo. Como tal, vos convido a refletir sobre os aspectos litúrgicos e eclesiológicos relacionados a esta nova situação e vos peço insistentemente que respeiteis as diretrizes enunciadas na presente circular de efeito imediato. A Eucaristia é a celebração do mistério pascal por excelência dado à Igreja pelo próprio Jesus Cristo. Jesus Cristo é o princípio de toda liturgia na Igreja e por esta razão toda liturgia é essencialmente de origem divina. Ela é o exercício da Sua função sacerdotal e, portanto, não é certamente um simples empreendimento humano ou uma inovação piedosa. Na verdade, é incorreto definí-la uma simples celebração da vida. É muito mais do que isso. É a fonte e o ápice do qual todas as graças divinas enchem a igreja. Este sagrado mistério foi confiado aos apóstolos pelo Senhor e a Igreja cuidadosamente preservou a celebração ao longo dos séculos, dando vida à tradição sagrada e a uma teologia que não cedem à interpretação individual ou privada. Nenhum padre, conseqüentemente, diocesano ou religioso que seja, proveniente de uma outra arquidiocese ou mesmo do exterior, está autorizado a modificar, adicionar ou suprimir qualquer coisa no rito sagrado da missa. Não se trata de uma novidade, mas de uma decisão tomada em 1963 pela Constituição “Sacrosanctum Concilium” (22, 3), a Constituição Dogmática sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II, posteriormente reiterada várias vezes em documentos como “Sacramentum Caritatis”, de Sua Santidade Bento XVI, e “Ecclesia de Eucharistia” do Papa João Paulo II, de venerada memória. A este respeito, convém mencionar explicitamente alguns elementos: os sacerdotes não estão autorizados a modificar ou improvisar a Oração Eucarística ou outras orações imutáveis da Missa — mesmo quando se trata de dar detalhes sobre um elemento já presente — cantando respostas ou explicações diferentes. Devemos compreender que a liturgia da Igreja é estreitamente ligada à sua fé e sua tradição: “Lex orandi, lex credendi”, a regra da oração é a regra de fé! A liturgia nos foi dada somente pelo Senhor, ninguém mais, portanto, tem o direito de mudá-la; as manifestações do tipo “Praise and Worship” (literalmente “louvor e adoração”, mas aqui diz respeito a uma corrente musical de estilo gospel, NdT) não são permitidos no rito da Missa. A música desordenada e ensurdecedora, as palmas, os longos discursos e os gestos que perturbam a sobriedade da celebração não são autorizados. É muito importante que compreendamos a sensibilidade cultural e religiosa do povo do Sri Lanka. A maioria dos nossos compatriotas são budistas e por este motivo estão habituados a um culto profundamente sóbrio; por sua vez, nem os muçulmanos nem os hindus criam agitação em sua oração. Em nosso país, além do mais, há uma forte oposição às seitas cristãs fundamentalistas e nós, como católicos, nos esforçamos para fazer compreender que os católicos são diferentes dessas seitas. Alguns destes chamados exercícios de louvor e adoração se assemelham mais aos exercícios religiosos fundamentalistas que a um culto católico romano. Que seja permitido respeitar a nossa diversidade cultural e a nossa sensibilidade; a Palavra de Deus prescrita não pode ser alterada aleatoriamente e o Salmo responsorial deve ser cantado e não substituído por cantos de meditação. A dimensão contemplativa da Palavra de Deus é de suma importância. Em alguns serviços para-litúrgicos as pessoas hoje têm a tendência a se tornar extremamente faladoras e tagarelas. Deus fala e nós devemos escutá-Lo; para ouvir bem, o silêncio e a meditação são mais necessários que a exuberância cacofônica; os sacerdotes devem pregar a Palavra de Deus sobre os mistérios litúrgicos celebrados. É expressamente proibido aos leigos pregar durante as celebrações litúrgicas; a Santíssima Eucaristia deve ser administrada com extremo cuidado e máximo respeito, e exclusivamente por aqueles autorizados a fazê-lo. Todos os ministros, ordinários e extraordinários, devem estar revestidos dos ornamentos litúrgicos apropriados. Recomendo a todos os fiéis, inclusive religiosos, receber a comunhão com reverência, de joelhos e na boca. A prática da auto-comunhão é proibida e pediria humildemente a cada sacerdote que a permite que suspendesse imediatamente esta prática; todos os sacerdotes devem seguir o rito da missa como determinado, de modo a não dar espaço a comparações ou opor as Missas celebradas por alguns sacerdotes às outras Missas ditas pelo resto dos sacerdotes; as bênçãos litúrgicas são reservadas exclusivamente aos ministros da liturgia: bispos, sacerdotes e diáconos. Todos podem rezar uns pelos outros. Recomenda-se insistentemente, entretanto, não usar gestos que podem provocar fantasias, confusões ou uma interpretação errônea”.
fonte:fratres in unum

Cardénal Albert Malcolm Ranjith, affirme : « La messe est un sacrifice, un don, un mystère, indépendamment du prêtre qui la célèbre. Il est important, je dirais même fondamental, que le prêtre se mette de côté : le protagoniste de la messe est Jésus Christ. Je ne comprends donc pas les célébrations eucharistiques qui se transforment en spectacles, avec des danses, des chants ou des applaudissements, comme cela arrive malheureusement assez souvent avec le Novus Ordo ».

 

L’évêque d’une communauté brésilienne qui célèbre la messe selon l’ancien rite (la forme liturgique ancienne du rite romain appelée tridentine ou de saint Pie V) estime que les abus présents dans la liturgie sont dus à un « manque de spiritualité, de spiritualité sérieuse ».
« La messe attire pour ce qu’elle est, pour sa sacralité et son mystère », affirme Mgr Fernando Arêas Rifan, administrateur apostolique de l’Administration apostolique personnelle Saint Jean-Marie Vianey.
Dans un entretien à ZENIT, l’évêque parle, entre autres, de la beauté et de la richesse de la messe ancienne. Par le Motu Proprio « Summorum Pontificum », publié le 7 juillet 2007, Benoît XVI a étendu à toute l’Eglise la faculté de célébrer la messe selon ce rite.
L’Administration apostolique personnelle Saint Jean-Marie Vianney est une circonscription ecclésiastique qui équivaut, dans le droit canonique, aux diocèses soumis directement au Saint-Siège, en application du canon 368 et du décret « Animarum Bonum ».
Zenit - Dans l’administration apostolique on célèbre la messe selon l’ancien rite romain (précédant la réforme de 1970). Quelles sont les caractéristiques de cette messe ? Mgr Fernando Rifan - Les raisons qui expliquent qu’on aime ou préfère la forme liturgique ancienne du rite romain sont variées. Le 13 juillet 1988, le cardinal Joseph Ratzinger, notre pape actuel, en s’adressant aux évêques chiliens à Santiago, avait dit à ce sujet : « Bien que de nombreuses raisons aient conduit un grand nombre de fidèles à trouver refuge dans la liturgie traditionnelle, le fait qu’ils y aient trouvé une dignité du sacré qui soit encore intacte reste le plus important ».
De fait, cette liturgie, de par sa richesse, sa beauté, son élévation, sa noblesse et la solennité des cérémonies, pour son sens du sacré, son respect révérenciel, pour son sens du mystère, son grand souci de précision et de rigueur, qui sont une garantie et une protection contre les abus, éloignant ainsi toute possibilité d’ambigüité, de liberté, de créativité, d’adaptation, de réductions et d’instrumentalisations (comme le déplorait le pape Jean-Paul II dans son encyclique « Ecclesia de Eucaristia ») et étant pour nous la meilleure expression liturgique des dogmes eucharistiques et un solide aliment spirituel, constitue une des richesses de la liturgie catholique, avec laquelle nous exprimons notre amour et notre communion avec la sainte Eglise. Et le Saint-Siège reconnaît notre adhésion comme étant parfaitement légitime.
Zenit - Le Motu Proprio « Summorum Pontificum » permet une présence plus importante de la célébration de la messe selon l’ancien rite dans la vie de l’Eglise. Cette présence serait-elle bénéfique selon vous ?
Mgr Fernando Rifan - C’était déjà le vœu exprimé par Jean-Paul II quand il a dit dans son Motu proprio « Ecclesia Dei adflicta » du 2 juillet 1988 : « A tous ces fidèles catholiques, qui se sentent attachés à certaines formes liturgiques et disciplinaires antérieures de la tradition latine, je désire aussi manifester ma volonté, à laquelle je demande que s’associent les évêques et tous ceux qui ont un ministère pastoral dans l’Eglise, de leur faciliter la communion ecclésiale grâce à des mesures nécessaires pour garantir le respect de leurs aspirations... par ailleurs, on devra partout respecter les dispositions intérieures de tous ceux qui se sentent liés à la tradition liturgique latine, et cela par une application large et généreuse des directives données en leur temps par le Siège apostolique pour l’usage du missel romain selon l’édition typique de 1962 ».
Ce souhait a été maintenant renforcé et élargi au monde entier par le pape Benoît XVI avec le Motu Proprio « Summorum Pontificum ».
Les bénéfices de la réintroduction et de la diffusion dans la vie de l’Eglise de cette forme extraordinaire du rite romain ont déjà été mentionnés par le pape actuel dans son Motu proprio quand il dit que dans la célébration de la messe selon le missel de Paul VI on pourra manifester, de façon plus intense qu’auparavant, cette sacralité qui attire tant de fidèles vers la tradition ancienne. C’est exactement ce qu’a souligné le cardinal George, de Chicago : « ..Le Saint-Père, lui-même, il y a quelques temps, attirait notre attention sur la beauté et la profondeur du missel de Saint Pie V... la liturgie de 1962 est un rite autorisé de l’Eglise catholique et une source précieuse de compréhension liturgique pour tous les autres rites... Cette liturgie appartient à toute l’Eglise pour véhiculer cet esprit que l’on doit également répandre dans la célébration de la troisième édition typique du missel romain actuel » (cf. Cardinal Francis George, archevêque de Chicago, Etats-Unis, dans la préface aux Actes du Colloque 2002, « La Liturgie et le Sacré », du CIEL, Centre International d’Etudes Liturgiques).
Quand j’ai participé, en août 2007, au congrès d’Oxford réuni pour enseigner la célébration de la messe sous sa forme extraordinaire à quelque 60 prêtres diocésains du Royaume-Uni, l’archevêque de Birmingham, Mgr Vincent Nichols, a dit aux prêtres durant la messe d’ouverture qu’en apprenant à célébrer la messe dans sa forme ancienne, ils auraient appris à beaucoup mieux célébrer la messe dans leurs paroisses, même lorsqu’il s’agit pour eux de la célébrer selon le rite actuel de Paul VI.
Je pense que c’est le bénéfice souhaité par le pape dans son Motu Proprio « Summorum Pontificum ».
Zenit - Quels conseils donneriez-vous à des fidèles qui déplorent une certaine « banalisation » de la liturgie dans leurs communautés ?
Mgr Fernando Rifan - En évoquant les abus qui ont suivi la réforme liturgique, le cardinal Joseph Ratzinger, déplorait de voir la liturgie dégénérer en show, où tout est fait pour essayer de rendre la religion intéressante à l’aide d’éléments à la mode, avec des succès momentanés dans le groupe des « fabricants » liturgiques (introduction au livre « La Réforme Liturgique », de Mgr Klaus Gamber, pag. 6 et 8).
Le cardinal Edouard Gagnon était du même avis : « On ne peut ignorer que la réforme (liturgique) ait donné lieu à beaucoup d’abus et qu’elle ait conduit, dans une certaine mesure, à la disparition du respect pour le sacré. Ce fait doit, hélas, être admis et excuse un bon nombre de ces personnes qui se sont éloignées de notre Eglise ou de leur ancienne communauté paroissiale » (...) (« Intégralisme et conservatisme » - Entretien avec le cardinal Gagnon, « Offerten Zitung - Römisches », nov. déc. 1993, p.35).
Je pense que le point central de ces abus a été mis en lumière par le cardinal Ratzinger lui-même : c’est la porte ouverte à une fausse créativité des célébrants (entretien à la revue « Homme Nouveau », nº 7, octobre 2001).
Derrière cela se cache un manque de sérieux au niveau de la spiritualité, comme si pour attirer le peuple il fallait inventer de nouvelles choses. La sainte messe attire pour ce qu’elle est, pour sa sacralité et son mystère. Il s’agit au fond d’une perte de foi dans les mystères eucharistiques, à laquelle on essaie de suppléer en ayant recours à des nouveautés et à la créativité. Dès l’instant où le célébrant cherche à devenir protagoniste de l’action liturgique, il commence à y avoir des abus. On oublie que le centre de la messe est Jésus Christ.
L’actuel secrétaire de la Congrégation pour le culte divin, Mgr Albert Malcolm Ranjith, affirme : « La messe est un sacrifice, un don, un mystère, indépendamment du prêtre qui la célèbre. Il est important, je dirais même fondamental, que le prêtre se mette de côté : le protagoniste de la messe est Jésus Christ. Je ne comprends donc pas les célébrations eucharistiques qui se transforment en spectacles, avec des danses, des chants ou des applaudissements, comme cela arrive malheureusement assez souvent avec le Novus Ordo ».
La solution à tous ces abus se trouve dans les normes dictées par le magistère, surtout dans le document « Redemptionis Sacramentum », du 25 mars 2004, où il est dit que « selon les possibilités de chacun, tous ont le devoir de prêter une attention particulière à ce que le très saint Sacrement de l’Eucharistie soit défendu contre tout manque de respect et toute déformation, et que tous les abus soient complètement corrigés. Ce devoir, de la plus grande importance, qui est confié à tous et à chacun des membres de l’Église, doit être accompli en excluant toute acception de personnes » (n. 183).
Mais, comme dit Mgr Ranjith, « il existe une quantité de documents (contre ces abus) qui sont malheureusement restés lettre morte, abandonnés dans les librairies ou couverts de poussière ou, pire encore, jetés au panier comme du vieux papier ».

DE:http://news.catholique.org/analyses/18810-a-la-base-des-abus-liturgiques-une-perte-du

Lettera pastorale inviata da S. E. Mons. Malcolm Ranjith, arcivescovo di Colombo (Sri Lanka), a tutti i fedeli della sua diocesi il 7 ottobre 2009, festa della Madonna del Rosario.

Riportiamo qui di seguito il testo di una lettera pastorale inviata da S. E. Mons. Malcolm Ranjith, arcivescovo di Colombo (Sri Lanka), a tutti i fedeli della sua diocesi il 7 ottobre 2009, festa della Madonna del Rosario.

Cari Fratelli e Sorelle,
 


ultimamente alcune persone e movimenti di rinnovamento cattolico hanno svolto molteplici esercizi paraliturgici non previsti dal calendario parrocchiale ordinario.
Apprezzando le numerose conversioni, il valore della testimonianza, l’entusiasmo rinnovato per la preghiera, la partecipazione dinamica e la sete della Parola di Dio, in quanto vescovo diocesano e amministratore generale dei misteri di Dio nella Chiesa locale a me affidata, sono il moderatore, il promotore e il custode della vita liturgica dell’arcidiocesi di Colombo. A questo titolo vi invito a soffermarvi sugli aspetti liturgici ed ecclesiologici legati a questa nuova situazione e vi prego insistentemente di rispettare le direttive enunciate nella presente circolare a effetto immediato.

L’Eucaristia è la celebrazione del Mistero pasquale per eccellenza dato alla Chiesa da Gesù Cristo stesso. Gesù Cristo è il principio di ogni liturgia nella Chiesa e per questa ragione ogni liturgia è essenzialmente di origine divina. Essa è l’esercizio della Sua funzione sacerdotale e di conseguenza non è certamente una semplice impresa umana o una pia innovazione. In realtà è inesatto definirla una semplice celebrazione della vita. È molto più di questo. È la fonte e l’apice da cui tutte le grazie divine riempiono la Chiesa.

Questo sacro mistero è stato affidato agli Apostoli dal Signore e la Chiesa ne ha accuratamente preservato la celebrazione nel corso dei secoli, dando vita alla tradizione sacra e a una teologia che non cedono all’interpretazione individuale o privata. Nessun sacerdote, di conseguenza, diocesano o religioso che sia, proveniente da un’altra arcidiocesi o addirittura dall’estero, è autorizzato a modificare, aggiungere o sopprimere nulla nel rito sacro della Messa. Non si tratta di una novità, ma di una decisione presa nel 1963 dalla Costituzione Sacrosanctum Concilium (22.3), la costituzione dogmatica sulla santa liturgia del Concilio Vaticano II, in seguito reiterata a più riprese in documenti quali Sacramentum Caritatis di Sua Santità Benedetto XVI ed Ecclesia de Eucharistia di Giovanni Paolo II, di venerata memoria.

A tale proposito, bisognerebbe menzionare esplicitamente alcuni elementi:

1. I sacerdoti non sono autorizzati a modificare o a improvvisare la Preghiera eucaristica o altre preghiere immutabili della Messa – anche se si tratta di dare precisazioni su un elemento già presente – cantando ritornelli diversi o spiegazioni differenti. Dobbiamo capire che la liturgia della Chiesa è strettamente legata alla sua fede e alla sua tradizione: “Lex orandi, lex credendi”, la regola della preghiera è la regola della fede! La liturgia ci è stata data solo dal Signore, nessun altro, quindi, ha il diritto di cambiarla.

2. Le manifestazioni del tipo “Praise and Worship” (letteralmente “lode e adorazione”, ma qui si tratta di una corrente musicale di stile gospel, NdT) non sono permesse nel rito della Messa. La musica disordinata e assordante, i battiti di mano, i lunghi interventi e i gesti che perturbano la sobrietà della celebrazione non sono autorizzati. È molto importante che comprendiamo la sensibilità culturale religiosa del popolo dello Sri Lanka. La maggior parte dei nostri compatrioti sono buddisti e per questo motivo sono abituati a un culto profondamente sobrio; da parte loro, né i musulmani né gli indù creano agitazione nella loro preghiera. Nel nostro Paese, inoltre, esiste una forte opposizione alle sette fondamentaliste cristiane e noi, in quanto cattolici, ci battiamo per far comprendere che i cattolici sono diversi da queste sette. Alcuni di questi cosiddetti esercizi di lode e di adorazione assomigliano più a degli esercizi religiosi fondamentalisti che a un culto cattolico romano. Che ci sia permesso di rispettare la nostra diversità culturale e la nostra sensibilità.

3. La Parola di Dio prescritta non può essere cambiata a caso e il salmo responsoriale deve essere cantato e non sostituito da cantici di meditazione. La dimensione contemplativa della Parola di Dio è di importanza capitale. In alcuni servizi paraliturgici la gente oggi ha la tendenza a diventare estremamente verbosa e chiacchierona. Dio parla e noi dobbiamo ascoltarLo; per ascoltare bene, il silenzio e la meditazione sono più necessari dell’esuberanza cacofonica.

4. I sacerdoti devono predicare la Parola di Dio sui misteri liturgici celebrati. È severamente vietato ai laici di predicare durante le celebrazioni liturgiche.

5. La Santissima Eucaristia deve essere amministrata con la massima cura e il massimo rispetto, ed esclusivamente da coloro che sono autorizzati a farlo. Tutti i ministri, ordinari e straordinari, devono essere rivestiti degli ornamenti liturgici appropriati. Raccomando a tutti i fedeli, compresi i religiosi, di ricevere la comunione con rispetto, in ginocchio e sulla lingua. La pratica dell’auto-comunione è vietata e domanderei umilmente a ogni sacerdote che la permette di sospendere immediatamente questa pratica.

6. Tutti i sacerdoti devono seguire il rito della Messa così come è stato stipulato, in modo da non dar luogo di paragonare o opporre le messe celebrate da alcuni sacerdoti alle altre messe dette dal resto dei sacerdoti.

7. Le benedizioni liturgiche sono riservate unicamente ai ministri della liturgia: i vescovi, i sacerdoti e i diaconi. Tutti possono pregare per l’altro. Si raccomanda insistentemente, però, di non utilizzare gesti che possano provocare illusione, confusione o una sbagliata interpretazione.

CR n.1131 del 27/2/2010